8 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver:
9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.
10 Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.
Introdução
A Etimologia do nome da cidade: Esmirna=Mirra. Mirra é uma
substância extraída de uma árvore espinhosa que gosta de ficar ao sol. Dela se
extrai perfume, tem uma
resina que produz medicamentos e
ela serve para auxiliar no embalsamento.
Elucidação
Este texto que acabamos de ler é a segunda
carta das sete enviadas às igrejas na Ásia Menor. Em todas as cartas é o
próprio Senhor Jesus Cristo que escreve através do seu apóstolo João. Ele é
aquele que está andando no meio dos candeeiros, que são as igrejas (2.1). Ele é
o dono delas. E por isso, Ele pode, tanto exortar como advertir, animar como
ameaçar.
Esta segunda carta foi dirigida à igreja em Esmirna. Esmirna era uma bela cidade. Ela era rival da cidade de Éfeso. Ela reivindicava o direito de ser a “primeira Cidade da Ásia em beleza”. Já que Éfeso ocupava este posto. Esmirna era uma cidade gloriosa. Ela com seus lindos edifícios públicos situados no alto da colina Pagos, formavam o que se chamava “a coroa de Esmirna”. A brisa ocidental vinda do mar soprava por toda cidade. Que mesmo durante o verão era uma cidade com um clima agradável. Desde o começo da ascensão do império romano, mesmo antes dos seus dias de grandeza, Esmirna era sua aliada e reconhecida como tal por Roma.
Com toda probabilidade a igreja de Esmirna foi fundada por Paulo durante a sua terceira viagem missionária (At 19.10), entre 53 e 56 d. C. É possível que Policarpo fosse bispo da igreja de Esmirna naquela época. Ele foi discípulo de João. Fiel até à morte, este venerando líder foi queimado vivo num poste. “Deixem-me como estou. Aquele que me dá força para suportar o fogo também me dará capacidade para ficar imóvel na fogueira sem que precisem me amarrar” (Policarpo)¹. Esta igreja é uma das duas igrejas que o Senhor Jesus Cristo não critica e nem ameaça. A outra igreja é a de Filadélfia. Ela sendo fiel e sem motivo de ameaça, o Senhor se dirige de uma maneira a fortalecer ainda mais aquela igreja a permanecer firme. Ele se apresenta assim: “Ao anjo da Igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Ele se apresenta a sua igreja amada como o Cristo vitorioso. Isto nos leva ao seguinte tema desta pregação:
Esta segunda carta foi dirigida à igreja em Esmirna. Esmirna era uma bela cidade. Ela era rival da cidade de Éfeso. Ela reivindicava o direito de ser a “primeira Cidade da Ásia em beleza”. Já que Éfeso ocupava este posto. Esmirna era uma cidade gloriosa. Ela com seus lindos edifícios públicos situados no alto da colina Pagos, formavam o que se chamava “a coroa de Esmirna”. A brisa ocidental vinda do mar soprava por toda cidade. Que mesmo durante o verão era uma cidade com um clima agradável. Desde o começo da ascensão do império romano, mesmo antes dos seus dias de grandeza, Esmirna era sua aliada e reconhecida como tal por Roma.
Com toda probabilidade a igreja de Esmirna foi fundada por Paulo durante a sua terceira viagem missionária (At 19.10), entre 53 e 56 d. C. É possível que Policarpo fosse bispo da igreja de Esmirna naquela época. Ele foi discípulo de João. Fiel até à morte, este venerando líder foi queimado vivo num poste. “Deixem-me como estou. Aquele que me dá força para suportar o fogo também me dará capacidade para ficar imóvel na fogueira sem que precisem me amarrar” (Policarpo)¹. Esta igreja é uma das duas igrejas que o Senhor Jesus Cristo não critica e nem ameaça. A outra igreja é a de Filadélfia. Ela sendo fiel e sem motivo de ameaça, o Senhor se dirige de uma maneira a fortalecer ainda mais aquela igreja a permanecer firme. Ele se apresenta assim: “Ao anjo da Igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver”. Ele se apresenta a sua igreja amada como o Cristo vitorioso. Isto nos leva ao seguinte tema desta pregação:
I – CRISTO APRESENTA-SE COMO SENHOR DA VIDA E
DA MORTE, V 8.
Jesus diz acerca de si que é o primeiro e o
último, o que esteve morto e tornou a viver.
Ele introduz a palavra de conforto àquela igreja lembrando a ela quem é
o seu senhor. O dono da igreja é aquele que venceu a morte, aquele que
ressuscitou. Eles necessitavam desse entendimento. Viviam em uma época de
grande instabilidade, onde declarar-se cristão em alguns momentos poderia
implicar perda de bens, separação da família ou até em morte. Nem sempre a
perseguição vinha de forma oficial por parte do governo romano, às vezes eram
perseguidos até pelos próprios judeus, ou pelos romanos de modo não oficial.
Ser cristão então era muito diferente do que vivemos hoje no contexto do Brasil
em pleno século XXI.
A palavra de conforto neste versículo embora na época presente não nos
toque coletivamente, com certeza nos fala de modo individual. A igreja não
passa atualmente por perseguição por parte do Estado, mas cada um de nós
podemos vivenciar momentos nos quais lembrar de Cristo como Senhor da vida e da
morte traz conforto às nossas almas. Todos estamos sujeitos a passar por
experiências da perda de entes familiares, e nestes momentos devemos lembrar
que a vida pertence ao Senhor e que ele
tem direito absoluto sobre cada uma de suas criaturas. Este conhecimento prévio
nos capacita diante de situações que poderemos vivenciar.
Mas o Senhor Jesus depois dessa introdução faz uma declaração
maravilhosa sobre aquela igreja.
II – ELA É RICA INDEPENDENTEMENTE DE SEU
ESTADO FINANCEIRO, V 9.
Materialmente aqueles irmãos eram pobres,
embora vivendo em uma cidade rica. O termo utilizado aqui para pobreza é ptocheía,
que tem o sentido de pobreza extrema,
opressiva até. É a mesma expressão utilizada por Paulo em 2 Co 8.9: “...pois conheceis a
graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de
vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos”. O texto aos
coríntios fala de riqueza, mas obviamente em sentido espiritual. Era o caso
daqueles irmãos de Esmirna, embora pobres materialmente, mas vivenciando uma
riqueza na graça de Deus, ricos para com o Senhor. Eram ricos porque havia a
presença de Deus em suas vidas. Eram ricos porque não eram dominados pela
avareza (Lc 12.13-21 – Jesus reprova a avareza e diz que é louco aquele que “...entesoura para
si mesmo e não é rico para com Deus”, v 21).
Aqueles irmãos de Esmirna eram
ricos porque buscavam viver a fidelidade ao Senhor, mesmo em meio a tribulação
de perseguição por parte dos falsos judeus e a despeito da escacês material.
No contexto deles, além de sua pobreza material extrema tinham de
enfrentar a “blasfêmia
dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de
Satanás”. Os judeus difamavam o
Messias e negavam a sua vinda. Esses judeus desprezaram com toda sua força o
Cristo. Eles alimentavam um ódio maligno contra os cristãos. Eles arrastavam os
cristãos diante dos tribunais e os acusavam injustamente. São chamados de
falsos judeus porque os verdadeiros judeus são os verdadeiros herdeiros da
promessa dada a Abraão, ou seja, o Israel espiritual, a igreja de Cristo
formado por judeus e não judeus, portanto os verdadeiros judeus no sentido de
povo de Deus. De igual modo há muitos hoje que se declaram cristãos, contudo,
são antes Casa do Diabo, pois não querem para suas vidas a riqueza espiritual
ofertada por Cristo, mas antes, a riqueza material ambicionada pela sua
carnalidade e lhes ofertada pelo Diabo. Riqueza
material sem riqueza da comunhão com Deus é ruína espiritual. Os irmãos de
Esmirna sofriam pela pressão (perseguição) por parte desses judeus. À
semelhança de Esmirna a igreja de nossos dias que de fato queira viver em
fidelidade doutrinária estará sofrendo por observar tantas blasfêmias contra
Cristo, muitas vezes que não se expressam de forma verbal, outras vezes
supostamente falando em nome de Jesus, mas o conteúdo reprovável por Cristo.
O Senhor ainda anuncia que mais
tribulação viria sobe a vida daquela igreja, mas anima-os a serem corajosos.
III – ELA PROSSEGUIRÁ RICA AO VENCER AS
PROVAÇÕES – O DIABO, V 10.
Aquela era uma igreja fiel, elogiada pelo
Senhor por sua fidelidade. Então não é de se estranhar que padecessem
perseguições, pois como escreveu o Apóstolo Paulo à Timóteo: 2 Timóteo 3.12: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente
em Cristo Jesus serão perseguidos”. Mas é bom lembrar que não há
conforto maior que saber da presença de Cristo em momentos assim, como ele
mesmo disse, conforme relatado no cap. 14 de João, enviaria o Espírito, e, que,
portanto, se faz presente pela atuação do Espírito na igreja. No mesmo capítulo
há a promessa de sua vinda para levar a igreja para si, mas enquanto isso não
ocorre certamente o Diabo fará forte oposição à igreja, e cabe a nós a
fidelidade ao Senhor mesmo sob as condições mais desfavoráveis.
O Senhor disse aqueles irmãos de Esmirna, que eles só iriam sofrer por
dez dias. Isso significa um tempo definido. Eles deveriam guardar sua fé pura. Porque através daquele sofrimento,
o Senhor estaria também provando aqueles crentes. Purificando e aumentando a fé
daqueles fiéis.
A promessa para o vencedor é a coroa da vida, a presença eterna com o
Senhor. Que fique claro então que esta coroa é para todos os salvos, não diz
respeito a uma recompensa especial para aqueles que foram perseguidos com risco
de morte. Mas é aqui um incentivo para
prosseguir avante mesmo em face ao risco.
Por fim, Ele reafirma a garantia
mais importante para a vida da igreja, que não é que diz respeito a este mundo,
mas à entrada triunfante nos céus.
IV – ELA ALCANÇARÁ RIQUEZA MAIOR NOS CÉUS, V
11.
Temos aqui reafirmada a certeza que em nossos
corações de que modo algum passaremos pela segunda morte. Aqui há uma
referência à declaração de condenação no juízo eterno. O dano da segunda morte
não ocorrerá para a igreja, mas para aqueles que desprezaram o Senhor, e que
esse desprezo é manifesto no seu comportamento como enfatiza Apocalipse 21. 8: “Quanto porém aos
covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos
feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será
no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.
A igreja, porém, pelos méritos de Cristo tem o livramento dessa
condenação garantida. Usufruirá da presença do Senhor eternamente. Não importa
o quanto tenham sofrido, pois estarão finalmente de posse da felicidade
perfeita. Estarão livres da natureza pecaminosa. Todo o sofrimento terá
passado, e como nos diz a Palavra em uma linguagem muito bela: “E lhes enxugará dos
olhos toda lágrima...” (Ap. 21.4).
Aplicação
1. Os cristãos de Esmirna foram literalmente
esmagados, tornando-se um cheiro de perfume suave para Deus, mas jamais se
desesperaram ou se entregaram ao materialismo. Existe, hoje, uma mensagem
generalizada que o crente não pode sofrer. Existem “orações poderosas” para
espantarem o fantasma do sofrimento da vida dos fiéis. No entanto, contrariando
esse pensamento o apóstolo Paulo diz claramente: “Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não desesperados. Perseguidos, mas não
desamparados. Abatidos, mas não destruídos. Trazendo sempre no corpo o morrer
de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos”.
2 Co 4.8-10.
Rm 5.3 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,
Rm 12.12 - Alegrai-vos
na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
2 Co 1.4 - Que
nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os
que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos
consolados por Deus.
2 Co 4.17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno
de glória mui excelente;
At 14.22 - Confirmando
os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas
tribulações nos importa entrar no reino de Deus.
2. Há tanto hoje que enfatizam a busca pela
riqueza material, mas esquecem, ou negligenciam, ou deturpam malignamente a
maravilhosa revelação que afirma não haver nada mais sublime do que a riqueza
da presença de Deus em nossas vidas.
3. Como cristão certamente você virá a passar
por mais provações em sua vida, mas digo para você: não se atemorize, olhe para
a coroa da vida, ela é incorruptível, imarcessível (não murcha). Você um dia
estará com o Senhor, e não há nada mais glorioso do que isso.
Conclusão
Que sejamos, meus irmãos, como aqueles crentes
de Esmirna!
Perfume - O crente/Esmirna influencia o ambiente com
os valores do cristianismo (perfume)
mesmo quando passa por tribulações e sofrimentos pessoais. “E graças a
Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em
todo o lugar a fragrância do seu
conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que
se salvam e nos que se perdem” (II Coríntios 2.14, 15).
Mendicamento - O crente/Esmirna com sua vida produz o bem
para os que estão ao redor. Gera conforto e cura para os males da alma porque
transmite paz.
Embalsamento - O crente/Esmirna conserva a sociedade por
meio dos princípios cristãos de moral e conduta que possui. “Vós sois o sal
da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais
presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens” (Mateus 5.13).
¹Que falem os primeiros cristãos
2 Comentários
Que Deus em Cristo te abençoe por esse maravilhoso esboço que me fez ver muitas idéias para prega nesse texto.
ResponderExcluirPalavra maravilhosa e impactante louvado seja DEUS
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